No
contexto do programa «Erasmus for All» (2014-2020), cujo objetivo é contribuir
para a modernização e internacionalização do ensino superior através da
mobilidade, da cooperação e do apoio à reforma política, torna-se fundamental
conciliar este objetivo com o propósito central do programa «Creative Europe».
O
valor dos setores culturais e criativos no exercício das diferentes profissões
e atividades é hoje claramente reconhecido. Estes setores assumem-se como
motores emergentes de crescimento económico e têm um amplo potencial de
empreendedorismo.
A
economia criativa, baseada no capital intelectual, representa oportunidades
para indivíduos, empresas e regiões, contribuindo para o aumento de riqueza, o
que, por sua vez, impulsiona o crescimento económico, gera empregos e promove o
desenvolvimento. Os setores culturais e criativos representam cerca de 4,5% do
PIB europeu e cerca de 3,8% da mão-de-obra, correspondendo 8,5 milhões de
pessoas.
Tendo
em conta que o conceito de economia criativa engloba vários setores distintos e
ligados entre si, importa referir que serão abordadas atividades dentro dos
seguintes âmbitos: artes performativas, belas artes, indústrias culturais e
criativas.
A
Agência Nacional para a Gestão do Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida
(ANPROALV)/ Centro Nacional Europass (CNE) pretende conciliar os interesses das
Instituições de Ensino Superior (IES), ao nível nacional e internacional, com
os diferentes stakeholders dos
setores culturais e criativos.
Para
conciliar estes interesses, e tendo como pressuposto os objetivos dos futuros
programas comunitários (2014-2012) «Erasmus for All» e «Creative Europe», será
organizado um evento internacional com as temáticas: mobilidade internacional,
economia criativa e empregabilidade”, onde se pretende:
1. Contribuir para o estreitamento das relações
entre as academias e profissionais nacionais, por forma a potenciar o papel da
investigação e cooperação como motor da inovação e da transferência de
conhecimento;
2. Incentivar o Networking entre os profissionais
dos setores culturais e criativos dos diferentes países envolvidos, estimulando
a criação de parcerias estratégicas, de alianças de conhecimento e de
competências;
3. Identificar mecanismos para reforçar a
capacidade financeira dos setores culturais e criativos, especialmente das
PME’s, promovendo a mobilidade de estágios para aquisição de competências dos
jovens, difundindo assim a cooperação entre as IES e as áreas contempladas pela
economia criativa;
4. Promover um maior diálogo intercultural e de
cooperação com os países terceiros;
5. Fomentar a mobilidade dos agentes envolvidos
no setor cultural e criativo;
6. Identificar o papel dos Media na Europa para a
difusão e divulgação das indústrias criativas nacionais: música, cinema e design, arquitetura e gastronomia,
literatura, etc.;
7. Sinalizar elementos que promovam Portugal e os
seus criadores e produtores culturais;
8. Referenciar instrumentos para criar uma base
de conteúdos científicos e informativos sobre as indústrias criativas em
Portugal, facilitando o acesso à cultura e aos trabalhos criativos;
9. Sinalizar as cidades criativas encarando-as
como oportunidades para o desenvolvimento e crescimento económico;
As
sinergias entre os participantes serão o ponto de partida para a criação de
parcerias e cooperação ativa no «Eramus for All» e na «Creative Europe» com um
retorno e impacto concretos.